As cinco corridas de um dia mais antigas, mais longas e mais prestigiadas do ciclismo profissional estão agrupadas sob o título de “Os Monumentos”.
Provas de prestígio, que juntas, representam a essência do ciclismo, daí surge o termo Monumento. Afinal, são provas monumentais!
Milão – San Remo, Tour de Flanders, Paris-Roubaix, Liège-Bastogne-Liège e Giro da Lombardia. Grandes disputadas, feitas em apenas um dia, mais conhecidas com ‘clássicas do ciclismo’. Mas para ser uma prova monumental, ela precisa ter uma longa duração, assim como todos os monumentos , que tem a distância superior a 250 km.
Cada uma dessas competições têm uma rica herança e são corridas que todo ciclista deseja ter em sua lista de vitórias. Assim como os Grand Tours, como o Giro d’Itália, Tour de France e Vuelta a España.
Aliás, certamente, todos os apaixonados pelo mundo das bikes já ouviram falar sobre os 5 Monumentos do ciclismo, que também são consideradas algumas das provas mais importantes do calendário internacional, a UCI Word Tour. E se você ainda não conhece essas provas, se liga das dicas da TBC.
Por que chamar de “Os Monumentos”?
As provas são chamadas de Os Monumentos pois começaram antes da Primeira Guerra Mundial. Dentre elas, a mais jovem é o Tour de Flanders, realizada pela primeira vez em 1913. Além de serem corridas de muita longevidade, elas são conhecidas como as mais duras do calendário da UCI. Não apenas pela quilometragem, que é superior aos 200 km, mas também, pelo difícil percurso.
As corridas que fazem parte dos Monumentos
Milão- San Remo
Também conhecida como a clássica da primavera ou La Classicissima. A Milão-San Remo é realizada na Itália e marca o início da primavera no hemisfério norte. A prova é disputada sempre no primeiro sábado da estação. Sua primeira edição foi em 1907.
O percurso da corrida é longo, mas não inclui as colinas implacáveis ou sessões de paralelepípedos, como é mais comum em outras corridas. Portanto, a chegada coletiva é bem maior. Porém, o percurso apresenta várias subidas significativas e as duas finais Cipressa e Poggio, são eficazes para afinar o número de ciclistas, de modo que apenas o sprint mais forte para chegar a final. Isso por muitas vezes serve para dividir o pelotão e derrubar aqueles com as pernas mais cansadas.
Eddy Merckx é o piloto da Milão-San Remo com mais vitórias. No total, foram sete conquistas da corrida.
Tour de Flanders
Embora tenha mais de 100 anos de história, o Tour de Flanders é o mais jovem dos cinco monumentos. Mas o seu percurso é um dos mais difíceis entre os demais. Afinal, é feito por uma série de colinas pontiagudas e sessões de paralelepípedos que derrubam constantemente o pelotão. Ou seja, não é moleza! Veja neste post sobre o Tour de Flanders 2021.
Se as estradas estiverem úmidas, os ciclistas são frequentemente forçados a desmontar suas bicicletas nas seções mais íngremes das colinas e subir. Muitos pilotos belgas disseram que vencer a Flandres é mais importante para um belga do que vestir a camisa amarela do Tour de France.
O Tour de Flanders é realizado na região de Flanders na Bélgica. Com o trajeto com mais de 260 km. Os pilotos disputam uma posição antes da base de cada escalada e, em seguida, usam a força pura para sair do topo na liderança. Além disso, essa é uma corrida fascinante de se assistir e que sempre oferece um vencedor digno.
Tom Boonen, Fabian Cancellara, Johan Museeuw, Achiel Buysse, Fiorenzo Magni e Eric Leman são os pilotos que mais acumularam vitórias. Sendo todos com três conquistas no total.
Paris-Roubaix
Sem dúvidas Paris-Roubaix é a prova de um dia mediática do calendário internacional de ciclismo. Pois é uma corrida tão difícil que lhe valeu o nome de ‘Inferno do Norte’, com cerca de 260 km. Os setores de estradas de paralelepípedos acidentáveis são o que fazem a corrida, além de precisar contar com a sorte do clima. Se houver chuva, os corredores são forçados a andar na lama, enquanto em dias secos a poeira afeta a respiração e a visão.
Sendo assim, ela exige nervos de aço e um físico resistente para sobreviver batidas incessantes da superfície. A corrida termina no velódromo de Roubaix, onde um grupo de pilotos da frente muitas vezes é forçado a correr para a vitória enquanto fazem curvas na pista. Uma corrida que exige muita raça!
A primeira edição do Paris-Roubaix foi em 1896 e apenas não se realizou entre 1915/1918 (Primeira Guerra Mundial) e 1940/1942 (Segunda Guerra Mundial). Além disso, é a única prova monumento do ciclismo já vencida com um patrocínio brasileiro; a Caloi.
Os pilotos com mais vitórias foram Roger De Vlaeminck e Tom Boonen, com quatro conquistas cada.
Liège-Bastogne-Liège
O mais antigo de todos os monumentos, realizado pela primeira vez em 1892. Também conhecida com La Doyenne, a Liège-Bastogne-Liège é uma corrida frequentemente disputada por escaladores e ciclistas dos Grandes Tours e clássicos.
Com cerca de 260 km, a prova é têm um percurso extremamente montanhoso, com subidas notáveis. A maioria delas são embaladas nos 100km finais. Proporcionando uma barragem impecável de escalada que quase não permite nenhuma trégua para atletas cansados.
Com 5 vitórias no total, Eddy Merckx é o piloto com mais conquistas na prova.
Giro da Lombardia
Il Lombardia, como também é conhecida, é a última das provas antes do inverno europeu. Da mesma forma que é chamada de a ‘corrida das folhas que caem’. Geralmente realizada na segunda ou terceira semana de outubro.
O Giro da Lombardia, conhecida assim desde 2011, é a prova que mais sofreu alterações em toda sua história. Originalmente foi chamada de Milão-Milão, em 1905.
Uma disputa muito diferente de seus ‘primos’ do norte da Europa. A rota pitoresca leva os pilotos ao redor do Lago de Como, em um teste de guerra e desgaste. A corrida contém uma série de subidas significativas, com seis delas notáveis , devido o seu comprimento. Mas o desafio mais difícil é a subida à capela histórica da Madonna del Ghisallo, que guarda bicicletas e muitas lembranças de grandes ex-pilotos.
Com cerca de 247 km de extensão, essa é a prova que tradicionalmente fecha o calendário de ciclismo no outono europeu.
O maior vencedor do Giro foi Fausto Coppi, com 5 vitórias.
Agora que você conhece Os Monumentos do Ciclismo, então já pode se preparar para acompanhar as provas. Falando nisso, fique de olho, o Tour de France vem aí (INSERIR O LINK DO BLOG POST TOUR DE FRANCE), fique por dentro de tudo que vai rolar.
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