O primeiro Tour de Suisse feminino está marcado para os dias 5 e 6 de junho de 2021, como um evento da UCI 2.1 de dois dias, que seria o ato de abertura do Tour de Suisse Masculino. No entanto, a prova está mais ameaçada do que nunca. Os organizadores alegam que a competição pode ser paralisada, pois ainda não possuem fundos o suficiente para manter o torneio.
Embora os organizadores do evento tenham garantido a corrida, o financiamento não foi solidificado. Ou seja, faltam menos de dois meses para a corrida e há serias dúvidas se o evento de 2021 será ou não realizado.
O ciclismo suíço é a força motriz por trás do novo evento, para levar igualdade no esporte para mulheres e homens. Devido a isso, o órgão dirigente do Tour lançou o projeto #fastandfemaleSUI. Com o objetivo de alcançar avanços no desenvolvimento de atletas e eventos amadores e profissionais, como o Tour de Suisse Feminino.
Diante as incertezas, vários membros da Seleção Suíça contribuíram em postagens nas redes sociais para que fãs pudesse fazer doações.
O que dizem os organizadores sobre o Primeiro Tour de Suisse Feminino?
“Temos que decidir em breve se vamos realizar o Tour de Suisse Feminino ou cancelá-lo, e queremos mantê-lo.” Disse Patrick Hunger, co-presidente do Swiss Cycling (órgão organizador do evento) e presidente do Tour de Suisse.
A campanha para arrecadação de fundos continua ativa. Mas ainda não foram fornecidos detalhes sobre um prazo relacionado à garantia do financiamento ou quanto dinheiro seria necessário de doações para prosseguir com a competição deste ano.
Como será o Tour de Suisse Feminino?
O primeiro Tour de Suisse Feminino já tem sua rota definida. Uma corrida de duas etapas, que está programada como parte do Tour de Suisse Masculino, agendado para 7 a 14 de junho.
A competição feminina está prevista para receber as melhores equipes do mundo, com as melhores atletas. Além da seleção da Suíça.
O ciclismo feminino tem a chance de crescer gradativamente ao longo dos anos. Aliás, o objetivo é que este evento de dois dias se transforme em a corrida mais longa do World Tour em médio prazo.
No entanto, as preocupações financeiras podem inviabilizar esse ambicioso projeto. Que tem a capacidade de aumentar a as competições femininas, com uma proposta de igualdade de tratamento dentro do esporte.
Portanto, ainda aguardamos ansiosos pelo sim ou não do Tour de Suisse Feminino.
Conheça um pouco mais sobre o ciclismo feminino
O ciclismo é um esporte que faz bem a todos. Porém, está mais ligado aos homens, especialmente nas competições.
De certa forma, o ciclismo feminino vem progredindo e ganhando espaço ao longo dos anos.
No entanto, ainda precisa crescer muito mais. Para que contratempos como o do Primeiro Tour Suisse Feminino não ocorram e coloque um fim no sonho de milhares de atletas.
Entre os muitos desafios que a mulherada encontra no ciclismo, a desinformação e o preconceito são um dos maiores obstáculos. Contudo, esse não pode e nem deve ser um motivo para desistir.
Hoje em dia, encontramos milhares de ciclistas mulheres ao redor do mundo. Que mesmo com as dificuldades, permanecem pedalando.
Afinal, quanto mais mulheres houver no ciclismo, maiores serão as oportunidades nesse esporte daqui em diante.
Veja alguns exemplos inspiradores:
Lizzie Deignan
Britânica de 32 anos. Um perfeito destaque no ciclismo de estrada. Foi campeã de estrada em 2015 e de pista em 2009. Além disso, a atleta também foi medalha de prata na prova de rota feminina, nas Olimpíadas de Londres, em 2012.
Jaqueline Mourão
Jaqueline foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha em mountain bike, no Pan Americano de Lima, em 2019. Além disso, a atleta soma no seu currículo seis participações em Jogos Olímpicos.
Rachel Atherton
Atleta britânica, campeã mundial por cinco vezes em Downhill. Além disso, Rachel tem sua própria linha de bicicletas.
As mulheres no ciclismo de estrada
O ciclismo de estrada foi a primeira modalidade a ser disputada dentro do universo das bikes. A estreia aconteceu em maio de 1868, em Paris. No entanto, as mulheres participaram pela primeira vez, apenas em 1984, em Los Angeles. Quase 100 anos depois do esporte já estar incluído como modalidade olímpica.
Como é o caso do Tour de Suisse Feminino. No entanto, a categoria masculina é efetiva desde 1933. E hoje em dia, é considerada a quarta das Grandes Voltas do Ciclismo. Perdendo apenas para o Tour de France, o Giro d’Itália e a Volta da Espanha.
No entanto, apesar de a prova masculina estar sólida, o primeiro Tour feminino passa por dolorosas incertezas.
E já que estamos falando da mulherada no ciclismo. Veja o artigo #Elasnopedal – Entrevista exclusiva com a fera de MTB: Vivi Favery!
Fonte da imagem: https://www.uci.org/
