Depois de longos pedais, treinos intensos na estrada ou trilhas, a bike merece aquele trato, não é mesmo?!
Todavia, não estamos falando apenas de uma boa lavagem. As correntes também merecem uma atenção especial, a fim de proporcionar um bom desempenho em todas as pedaladas.
Nesse sentido, é muito importante saber quais são os tipos de óleos para correntes de bike. Afinal, ao escolher o errado, a vida útil da magrela diminui ao invés de aumentar.
Pensando nisso, a TBC te conta quais são as diferenças entre os produtos. Dessa forma, você saberá exatamente qual a sua bike precisa. Confira!
Intensifique os cuidados!
Aqui no blog, temos um post sobre desgaste da corrente da bike, no qual explicamos sobre os componentes relacionados e como identificar que a magrela precisa dessa manutenção. Além disso, mencionamos que a lubrificação correta diminui o alongamento da peça.
Mas, como realizar essa lubrificação? Quais são as reais diferenças entre os tipos de óleos?
Veja a seguir:
Óleos para correntes de bike
#1 – Seco
O óleo seco, também conhecido por dry lube – seu termo em inglês -, como o próprio nome sugere, é indicado para o uso em terrenos secos. Leva esse nome porque apesar de ser um produto bem líquido, evapora facilmente e forma uma película semelhante a uma cera.
Ou seja, é mais “ralo” e penetra na corrente rapidamente. Contudo, dentre seus pontos negativos, podemos citar a durabilidade. Então, dependendo da distância percorrida ou do peso da pedalada, será necessário parar e lubrificar novamente.
Ademais, os dias chuvosos ou terrenos com muita lama podem fazer com que o produto saia ainda mais rápido.
Recomendações de uso:
- Cidade;
- Clima seco;
- Terrenos secos, como estradas asfaltadas ou algumas trilhas.
Os adeptos do ciclismo de estrada se darão bem com esse tipo de óleo.
#2 – Úmido
O óleo úmido – também conhecido como wet lube -, é um produto mais denso, que adere muito bem à corrente. Inclusive, é indicado para dias chuvosos, nos quais os terrenos contam com muita umidade e lama – dependendo do trajeto escolhido.
Sua durabilidade é alta e faz com que você dispense a pausa para uma nova lubrificação.
Por outro lado, uma desvantagem é que a viscosidade do produto pode acumular muita sujeira – proveniente de terrenos secos -, prejudicando o funcionamento dos câmbios e do sistema de modo geral. Em outras palavras: pode desgastar ainda mais a bike.
Recomendações de uso:
- Dias úmidos ou chuvosos;
- Trilhas com barro ou lama;
- Bicicletas infantis;
- Pedais extremos como downhill, bikepacking, cicloviagens e afins.
#3 – Cera
Por fim, o óleo com cera – comumente chamado de wax lube ou cerâmico – é bem seco e conta com uma alta proteção contra sujeiras. É ainda mais fino que o óleo seco, fazendo com que cada elo da corrente seja profundamente atingido.
Pode ser utilizado em outras partes da bike, como por exemplo o taco do pedal para encaixe da sapatilha e o pivô de câmbio.
Porém, esse produto também possui suas desvantagens. A durabilidade é a menor de todas, o que demanda aplicações bem frequentes.
A conclusão para o óleo com cera é que, apesar de ser consideravelmente eficiente e ter outras funções, é melhor priorizar o uso do óleo seco ou úmido para a corrente da bike mesmo.
Recomendações de uso:
- Ciclismo de estrada;
- Pedais mais curtos, considerando a durabilidade do produto.
Como lubrificar a corrente?
Aqui vão algumas dicas para a lubrificação da peça:
- Procure realizar o processo com antecedência ao pedal – pelo menos um dia ou uma noite antes, para que o produto possa aderir bem e garantir mais resultados;
- Mantenha a corrente bem limpa para que a aplicação de óleo seja feita – você pode limpá-la com um pano seco ou uma escova de dentes;
- Coloque a bike de ponta cabeça, para que você possa girar os pedais e testá-los;
- Aplique o produto em cada um dos elos, garantindo que todos receberam uma gotinha;
- Dê algumas voltas lentas no pedal, para espalhar o lubrificante através do giro da corrente;
- Após a aplicação, retire o excesso com um pano – pois somente a parte interna que precisa de produto.
Vá com cuidado, pois o excesso só faz sujeira desnecessária e deixará a corrente “empapada”. Uma gota por elo já é o suficiente.