Brou Drews responde como iniciar no mountain biking sem fingimento… E com um amor maluco pelo esporte!
Primeiramente, não é necessário mais que três segundos para perceber o amor do Brou Bruto Drews pelas bikes. O sorrisão e disposição desse atleta, empresário e professor de educação física para falar sobre ciclismo e mountain bike deixam algo muito claro: o amor é bruto e sem fingimento!
Quer figura mais carismática e experiente para explicar como iniciar no mountain biking do jeito certo? Então confira sua entrevista exclusiva com a TBC!
The Bike Culture – Brou, qual a importância da bike nos seus dias?
Brou Bruto – Sem dúvida, a bike hoje é tudo em minha vida. Meu cotidiano, meu trabalho, meu exercício, como me desloco… Atualmente, só ando ou pedalo, praticamente não uso carro para transporte.
A bicicleta mudou tudo em minha vida. São 10 anos competindo e 39 anos de história com a bike. Eu tenho 40 anos, quando tinha um ano e nove meses, meu pai já me colocou em cima de uma bicicleta. E isso era raro na época.
Então realmente ela promoveu grandes transformações em minha vida. E hoje em dia, eu tento promover essa mudança também na vida das pessoas, mostrando a bicicleta como uma fonte de vida. Afinal, é isso que ela significa para mim.
“No MTB, não se pode fingir, nem desanimar, porque o sonho da superação não acaba no primeiro obstáculo.”
TBC – Como foi seu início no mountain bike?
BB – O meu inicio no MTB foi muito precoce. Não era nem MTB ainda, porque as bikes não contavam com marchas e suspensões.
Mas muito cedo, eu e meu irmãos fomos inseridos pelo meu pai nesse mundo. Tenho foto em cima da bicicleta com menos de 2 anos!
Ao longo dos anos, descobri que o que meu pai queria, colocando as bikes em nossas vidas, era essa transformação. Porque o esporte vai muito além do físico, o esporte é transformador na vida do ser humano.
Ele nos prepara para as adversidades que aparecem no caminho e nos eleva ao nosso melhor. No MTB, não se pode fingir, nem desanimar, porque o sonho da superação não acaba no primeiro obstáculo.
MTB competitivo é isso. Por isso pretendo pedalar até os 104 anos!
TBC – Qual a maior emoção ou sentimento que o mountain bike trouxe para sua vida?
BB – Acho que a maior emoção que o MTB me trouxe foi em novembro do ano passado. Uma vez, um repórter me perguntou qual era minha maior frustração com o MTB. Pensei um pouco e respondi em menos de três segundos:
– Poxa, cara. Minha maior frustração é que motivo pessoas no Brasil e no mundo inteiro para pedalar, mas não consigo fazer isso com minha mulher.
Então em novembro, ela começou a pedalar. E o mais interessante é que ela percebeu que minha filha, Letícia, se aproximava muito de mim por conta do esporte, por causa da bike. E foi aí que ela percebeu que ia ter que pedalar para entrar nessa harmonia!
Enfim, acho que essa foi a maior emoção que o MTB me trouxe: aproximou ainda mais a minha família. Agora pedalamos eu, Letícia e minha esposa. É muito legal.
“O MTB é isso: emoção, evolução pessoal e superação de adversidades sem fingimento.”
TBC – Qual bike te acompanha nas suas aventuras?
BB – Nesse ano, com muita honra e muita satisfação, recebi o apoio da The Bike Culture junto à Cannondale para seguir essa minha jornada maluca de brutalidade compartilhada, e levar o ciclismo para as pessoas.
Assim, eu não sou um atleta tão veloz, mas eu busco inspirar as pessoas para a prática de exercícios físicos, especialmente o ciclismo.
Porque qualquer pessoa que troca o pneu da bicicleta ou o punho, sente uma satisfação tão maluca, que põe a bike pra dormir com ela na cama. É algo que transforma o dia a dia.
As bikes que chegaram para mim esse ano são, em primeiro lugar, fontes de inspiração. A TBC colocou verdadeiras máquinas na minha jornada e eu só tenho que agradecer.
Hoje eu tenho a Scalpel-Si Cannondale, que é minha bike de competição, não apenas em provas de XCO, como também nas maratonas. É uma bike rápida, confortável, que responde bem a qualquer tipo de terreno.
Tenho também a F-Si, a bike hardtail da Cannondale, que é mais agressiva. Mesmo sendo rígida, é uma bike muito confortável, porque o quadro da Cannondale é um quadro muito confortável.
.Ambas tem a suspensão lefty, que acho que é a grande sacada e o diferencial da Cannondale, e são equipadas também com Shimano Xtr eletrônico, que também foi uma parceria nova desse ano.
Essa parceria The Bike Culture, Cannondale e Shimano… Às vezes, me faltam palavras para descrever a agradecer.
“Além da bike, o mais importante de levar para o MTB, é a vontade indomável.”
TBC – Além da bike, o que é importante levar consigo em treinos e campeonatos?
BB – Além da bike, o mais importante de levar pro MTB é a vontade indomável. Ninguém pára a vontade indomável do ser humano..A persistência, a determinação.
O MTB tem muito a ver com sonhos e superações, e a vontade de realizá-los e ir além. Então acreditar em si e ter fé é primordial.
Na bicicleta, tudo depende de esforço e superação. Se o ciclista tem uma tendência ao fingimento, não vai se dar bem. Nesse sentido, o que eu peço para as pessoas levarem consigo em cima da bike, é aquela minha boa e velha frase “O sonho nunca acaba. Se você quer se superar de verdade, sem fingimento, você consegue.”
TBC – Qual a sua dica de expert para quem deseja iniciar a prática do mountain bike?
BB – A dica para quem me segue, ou para quem quer começar no MTB, é realmente não fingir perante adversidades. Afinal, assim como na vida, nas relações, no trabalho, na faculdade, em cima da bike os obstáculos também vão aparecer.
Mas quem consegue superá-los com maestria e brutalidade, evolui. E é isso. O ser humano é adaptável, a evolução é iminente. Quem estiver disposto a encarar a vida sem fingimento, evolui também no MTB.
O negócio é treinar e se superar. Afinal, ninguém quer ser mais feio não, meu filho!