Saiba como escolher uma bike usada e evite prejuízos
Hoje, é superfácil e prático adquirir qualquer produto pela internet, isso porque podemos contar com marketplaces que trabalham com compra e venda através de métodos seguros de pagamento.
Todavia, nem tudo são flores, uma vez que não há 100% de controle sobre a procedência de um produto. Nesse sentido, especificamente, falaremos sobre bicicleta usada.
Afinal, como identificar se a magrela é de confiança e qualidade? Quais são os principais pontos a serem avaliados antes de adquiri-la?
Anote as nossas dicas e entenda como evitar os temidos prejuízos!
Bicicleta usada #1 – Tenha paciência ao avaliar as opções
O principal ponto que envolve uma compra malsucedida – seja de uma bike seminova ou qualquer outro produto –, é o desespero do comprador. Às vezes, a pressa em adquirir somada à falta de experiência trazem a inevitável decepção.
Portanto, converse bastante com o vendedor, não economize nas perguntas e literalmente vá pelos detalhes, como: quantos km a bike já andou, se é original ou houve alguma modificação de peça ao longo do tempo, onde a pessoa pedalava – se apenas na cidade ou praia/outros tipos de terreno e afins.
Importante frisar que o dono da bicicleta usada precisa saber essas informações, para te informar com precisão. Caso contrário, desconfie da procedência.
Bicicleta usada #2 – Preços muito baixos? Tudo é motivo para desconfiança
Acredite, não estamos exagerando. Afinal, cada bicicleta, ainda que usada, possui um preço base de mercado, e as variações desses valores dependerão de alguns fatores como tempo de uso, conservação, etc. Mas, mesmo assim, é necessário comparar o preço da usada com a nova, principalmente se você já tem um modelo específico em mente.
Por exemplo, suponhamos que o modelo de bicicleta que você deseja – na loja, novinha, custa R$ 10.000,00. Então, o que é esperado desse mesmo modelo de segunda mão, é que esteja bem conservada, revisada, sem nenhum tipo de problema – numa média de R$ 7.000,00.
Dessa forma, se você encontrar essa mesma bike por uma faixa de R$ 3.000,00, é sim um motivo para desconfiar. Só para ilustrar, a maior suspeita é que essa magrela seja fruto de roubo.
Bicicleta usada #3 – Verifique o estado da pintura
Mais um indício de produto roubado ou adulterado é o estado da pintura. Há muitos “espertinhos” que realizam uma pintura amadora para tapear a venda. Claro que isso não é uma regra. Porém, se houver alterações estéticas a esse nível, você deve ser prontamente avisado.
Por isso, confira se há excessos de tinta espalhados pela bike e compare com as fotos do modelo de loja. Caso o contato ainda seja online, peça fotos em alta resolução ou com detalhes de cada parte.
#4 – Confira o número de série
É essencial que você saiba que toda bicicleta tem um número de série. Isso garante sua autenticidade e originalidade.
Essa informação fica gravada no quadro, abaixo do movimento central e funciona como uma espécie de “código de barras” para identificação do lojista e do fabricante.
No caso de uma bicicleta usada que foi roubada, esse número pode estar raspado ou apagado propositalmente. Não deixe esse detalhe passar.
#5 – Analise a nota fiscal
Não aceite o produto sem nota fiscal. Além disso, hoje é muito fácil falsificar um comprovante.
De acordo com informações do Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, os seguintes itens devem conter em uma nota fiscal original:
- Data de emissão;
- Nome do titular, números de inscrição estadual e no CGC/CNPJ e endereço do estabelecimento emitente;
- Denominação de Nota Fiscal de Venda ao Consumidor;
- Discriminação completa da mercadoria: marca, espécie, tipo, modelo, qualidade, quantidade e outros elementos que faça sua identificação fiel;
- Todos os valores envolvidos na venda: unitário, total e qualquer outro valor cobrado;
- O número de ordem do primeiro e do último documento impresso, a série e subsérie, e o número da Autorização de Impressão de Documentos Fiscais.
#6 – Analise a reputação do vendedor
Cheque todos os perfis possíveis desse vendedor: seja pelas redes sociais ou na própria plataforma de compra (geralmente, é possível visualizar as avaliações de outros usuários que já efetuaram uma compra).
Se essas informações extras não estiverem disponíveis logo de cara, não hesite em solicitar. Pesquise o nome no Google, e uma dica extra é que você confira se há relatos no Reclame Aqui – site brasileiro de reclamações contra empresas sobre atendimento, compra, venda, produtos e serviços.
Consequências de adquirir uma magrela de procedência inadequada
Algumas graves consequências podem surgir se tudo não for minuciosamente avaliado. A primeira e principal delas, é a penalidade por comprar um produto proveniente de roubo, uma vez que configura crime por receptação. É o que afirma o artigo 180 do Código Penal:
“Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena — de um a quatro anos de reclusão e multa.”
Ademais, ainda que seja de uma procedência ok, é muito difícil uma bike de segunda mão possuir garantia. Em outras palavras, ficará por sua conta e risco.
Em suma, nosso post não foi direcionado para que você desista de comprar uma magrela, e sim que você tenha a absoluta certeza de que fez um bom negócio.
E aí, você já sabia que há tantos pontos a serem avaliados antes de comprar uma bicicleta usada? Continue de olho no blog para ficar por dentro de tudo do mundo do ciclismo!