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Vivi Favery responde!

É crescente a presença feminina no mountain bike mundial e brasileiro. Ainda assim, por tratar-se de uma atividade com participação majoritarimente masculina, muitas ciclistas se questionam sobre como adentrar nesse universo e quais desafios as esperam nessa aventura.

Por isso, a TBC pediu a ajuda da super Vivi Favery no esclarecimento de algumas questões do pedal feminino!

Vamos lá?

#ElasNoPedal com Vivi Favery!

 

The Bike Culture – Primeiramente, qual a importância da bike nos seus dias?

Vivi Favery – A bike é uma ferramenta de autoconhecimento e desenvolvimento para mim, porque em um treino ou competição, vivenciamos situações de imprevistos que exigem que a gente seja maduro e experiente, sempre com foco e estratégia.

TBC – Como foi seu início no mountain bike?

Vivi Favery – Iniciei no mountain bike a partir das corridas de aventura. Daí, foi um passo para spanidir meu dia a dia de profissional na área de marketing com os treinamentos, até que no fim de 2015 surgiu o convite para eu integrar uma equipe internacional em 2016 e passar a viver do ciclismo.

TBC – Como você vê o cenário do MTB feminino? Existe algum cuidado específico que mulheres devem adotar na prática do mountain bike?

Vivi Favery – No Brasil ainda é um pouco pequeno o cenário do mountain bike feminino, mas tem uma geração de jovens atletas que está crescendo muito. Com certeza essa geração vai mostrar muito o potencial do esporte no Brasil, junto com o trabalho que algumas atletas como Raiza Goulão, Letícia Cândido e eu estamos realizando, vivendo do esporte em equipes grandes e conquistando mais espaço na mídia.

“Não há nada específico que uma mulher precise ser mais cuidadosa do que o homem. As mulheres têm as mesmas condições de se desenvolverem no mountain bike, sem nenhuma limitação. Tem que buscar sempre o equipamento ideal, ter pessoas legais para te ensinar."”

Vivi FaveryAtleta Cannondale

O que acontece é que, por ter muitos homens no esporte, uma mulher quando quer começar ela não tem escolha, senão iniciar com os homens. Se eles não forem cuidadosos e pacientes, não vão esperar as novatas e não terão o devido cuidado com elas.

Às vezes, as mulheres são desencorajadas de embalar no esporte, por não haver cuidado nessa iniciação. Isso é algo cultural no Brasil, que cada vez mais está reduzindo, ao passo que os grupos de mulheres ciclistas vão crescendo e também de iniciantes.

A conscientização está melhorando e é algo que tende a se dissolver. Seja esse iniciante homem ou mulher, não pode se deixar abalar por isso no início. Tem que ter força, ser inteligente e buscar boas parcerias para evoluir e chegar no objetivo final, que é desfrutar das boas sensações de pedalar.

TBC – Qual bicicleta te acompanha nas suas aventuras?

Vivi Favery – Minha bicicleta Cannondale Scalpel-Si Team full suspension aro 27,5, equipada com grupo XT de transmissão de marchas e freios da Shimano, e com o dropper seatpost (canote retrátil) da Crankbrothers.

A pessoa tem que ser ligada em ter boas pessoas ao redor, que tenham conhecimento no esporte e que saibam compartilhar conhecimento. Esse é um excelente caminho para evoluir com saúde e qualidade.

TBC – Além da bike, o que é importante levar consigo em treinos e campeonatos?

Vivi Favery – Ferramentas básicas, como chave de fenda e bomba de CO2 para encher o pneu, com um bico que esteja funcionando. Ou seja, é sempre bom testar antes da prova, para ver se está tudo ok, porque já aconteceu comigo de precisar usar o CO2 no meio da prova e aí só descobrir depois que estava entupido.

Ter câmara de ar reserva e também acessórios para fazer conserto no pneu caso seja necessário. Hidratação é muito importante, com garrafas bem preparadas, com eletrolíticos e carboidratos. A parte de alimentação também é fundamental.

Assim, além da bike bem revisada e com aquele toque final do atleta e não apenas do mecânico, já que o ciclista tem que checar antes se sua bicicleta está do jeito ideal para pedalar. Calibragem é importante, entre outros temas. Um bom aquecimento também é importante.

Ficar antenado em quem pode ser um bom parceiro e um bom mestre. Precisamos de ajuda para começar no esporte. Não tem como iniciar sozinho.

TBC – Qual seu conselho de expert para quem deseja iniciar no mountain bike?

Vivi Favery – Ficar antenado em quem pode ser um bom parceiro e um bom mestre. Precisamos de ajuda para começar no esporte. Não tem como iniciar sozinho.

É um esporte que precisa ser praticado com outras pessoas, porque pode ser perigoso andar nas trilhas sozinho. Mesmo que haja treinos inspaniduais, é necessário treinar algumas vezes em grupo para você absorver conhecimento e técnicas.

A pessoa tem que ser ligada em ter boas pessoas ao redor, que tenham conhecimento no esporte e que saibam compartilhar conhecimento. Esse é um excelente caminho para evoluir com saúde e qualidade.

Uma dica é entrar no meu canal do YouTube, no Facebook, e no Instagram, pois também tive dificuldades para encontrar informações e referências no meu início, então tento ajudar ao máximo quem está começando.

Diria para os iniciantes sentirem-se à vontade para interagir comigo por essas redes sociais, para que a gente possa ajudá-los. Nos meus boletins para as Rádios do Grupo Bandeirantes também dou muitas dicas!